sábado, 14 de maio de 2011

SECOM, 24/03/2011: Decanato vai definir prazo para desocupação da CEU no dia 30 (por João Campos)

Presente em: http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=4797

UnB Agência

COMUNIDADE - 24/03/2011


Decanato vai definir prazo para desocupação da CEU no dia 30

Laudo técnico aponta que a saída dos estudantes, que estão recebendo auxílio-moradia de R$ 510, reduz gastos e tempo de obra

João Campos - Da Secretaria de Comunicação da UnB

O Decanato de Assuntos Comunitários e o grupo de alunos que permanecem na Casa do Estudante Universitário (CEU) vão definir um prazo definitivo para a desocupação dos blocos em reunião na próxima quarta-feira, 30 de março. A saída dos alunos, que já estão recebendo o auxílio-moradia, foi recomendada por um laudo técnico do Centro de Planejamento Oscar Niemeyer (Ceplan). Além de reduzir os custos e o tempo da reforma, a saída vai garantir uma melhor qualidade de vida aos moradores.

“Não vamos abrir mão da desocupação”, afirmou o decano de Assuntos Comunitários, Eduardo Raupp. “Abrimos todo o espaço para negociação, mas temos um limite, pois temos um compromisso com a comunidade e com o uso do dinheiro público”, completou o professor em reunião com estudantes na noite da última quarta-feira. Até o momento, 225 estudantes estão recebendo o auxílio de R$ 510. Desses, 186 já desocuparam os blocos, mas 89 ainda permanecem nos apartamentos.

O diretor do Ceplan, Alberto de Faria, fez uma apresentação da reforma aos alunos e explicou os motivos que justificam a saída temporária para a realização da obra. “Se formos fazer um bloco de cada vez teremos mais gastos, pois teremos que fazer dois contratos e pagar duas vezes a taxa de lucro da empreiteira”. A permanência dos alunos também prolongaria o prazo de conclusão para entrega dos novos blocos, previstos para junho de 2012. “Fora o barulho de morar ao lado da obra”, completou.

Os argumentos não foram suficientes para convencer o grupo com cerca de 40 estudantes que participaram da reunião. “Esse é um espaço de convivência importante para nós e que precisa ser preservado, inclusive para receber os calouros”, afirmou o estudante de Filosofia David Wilkerson. Segundo o representante dos moradores da CEU, os alunos estão dispostos a arcar com as conseqüências de viver e estudar ao lado de um canteiro de obras para permanecer no espaço.  

DEMANDAS – Na reunião da próxima quarta-feira, o estudantes prometeram formalizar, por escrito, as demandas dos moradores em um documento que será entregue e debatido junto ao Decanato de Assuntos Comunitários. Entre os pontos de reivindicação estão o auxílio para calouros de outras cidades que não contam com moradia em Brasília e mudanças no processo de desligamento dos moradores. “Se o estudante muda de curso ou faz uma segunda habilitação ele é desligado”, disse David.

A diretora de Desenvolvimento Social da UnB, Maria Terezinha da Silva, afirmou que a bolsa emergencial no valor de R$ 465 já está sendo concedida aos calouros de outras cidades em situação de vulnerabilidade. “A política de assistência estudantil avançou com a introdução da bolsa emergencial", disse. 

Segundo ela, temas que dizem respeito às alterações na política estudantil, como as formas de desligamento, serão debatidos e aprovados nos conselhos superiores da universidade. “Estamos fazendo o possível para avançar na assistência estudantil e estamos conseguindo”, disse Terezinha. “Mas nossa prioridade é resolver de forma ordenada a desocupação da CEU para dar início às reformas, uma demanda histórica e urgente para a comunidade”, completou.
Leia mais sobre as negociações na CEU aqui.

Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos: UnB Agência. Fotos: nome do fotógrafo/UnB Agência.

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