SECOM, 03/07/2007: UnB fecha cerco contra irregulares

Presente em: http://www.secom.unb.br/unbagencia/ag0707-08.htm

03/07/2007 - Casa do Estudante

UnB fecha cerco contra irregulares

Lista está nas mãos do decano e processos correm na Procuradoria Jurídica para retirar quem não têm direito à moradia 

ANDRÉ AUGUSTO CASTRO
Editor da UnB Agência 

O Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) da Universidade de Brasília (UnB) está próximo de regularizar a situação de moradores da Casa do Estudante Universitário (CEU) da instituição. Levantamento feito em abril de 2007 mostrou que havia 64 moradores em situação irregular (veja quadro), dos quais 29 já deixaram o alojamento estudantil por acordos firmados com o DAC. Os 35 restantes já foram notificados e boa parte deles já tem processos instaurados na Procuradoria Jurídica da UnB para que liberem as vagas que ocupam sem ter direito. A CEU tem, atualmente, 321 moradores regulares – número que, em abril, era de 287. 

Camila Martins/UnB Agência

CEU terá nova norma de convivência e irregulares serão retirados do alojamento

As situações irregulares, em sua maioria, são relacionadas a estudantes que já se formaram, foram desligados, mudaram de perfil sócio-econômico (e não mais atendem às exigências para ocuparem uma vaga na CEU), não renovaram a bolsa moradia ou são clandestinos. O decano de Assuntos Comunitários da UnB, Pedro Sadi, revela que, concomitantemente ao levantamento sobre a situação da moradia, o decanato, por meio da Câmara de Assuntos Comunitários (CAC) trabalha no aperfeiçoamento da norma de convivência na CEU. A idéia é apresentar o documento ao Conselho de Administração (CAD) ainda em julho de 2007.

ATENÇÃO - “A idéia é promover uma convivência mais harmoniosa na CEU a partir de regras bastante claras”, adianta Pedro Sadi. As normas já vêm sendo discutidas pelo DAC, que enviou a proposta aos estudantes no dia 13 de junho. Eles tiveram 15 dias para apreciarem o texto e o devolver ao decanato com as alterações sugeridas. Moradora da CEU desde 2004, a hoje presidente da Associação dos Moradores da CEU (Amceu) e estudante do 6° semestre de Engenharia Florestal da UnB, Lauana Nogueira, considera positiva a participação dos alunos na estruturação das normas, mas afirma que gostaria de mais tempo para apreciar o documento.

Ela revela que os estudantes moradores querem a retirada dos irregulares porque alunos de baixa renda deixam de ser atendidos pela falta de vagas. “Com a regularização, muita gente que fica de fora do benefício poderá ser atendida”, aposta Lauana. Ela considera que, a partir do incêndio criminoso contra os estudantes africanos, a administração da universidade tem dado mais atenção às demandas da CEU e que há sinais de uma maior preocupação. O documento contendo as normas será apresentado na reunião da Câmara de Assuntos Comunitários na quarta-feira, 4 de julho. Uma vez aprovada, segue para o CAD.

SAIBA QUEM SÃO OS MORADORES IRREGULARES
JÁ FORMADOS 8 ex-alunos ainda permanecem na CEU e foram notificados pelo decanato.	Alexandre Pereira da Silva     (formado no 2°/2006) André Corazza Gatto     (formado no 2°/2006) Antônio Carlos Ferreira da     Conceição     (formado no 2°/2006) Merson Rodrigues Gomes     (formado no 1°/2006) Murilo Marcel S. Pereira     (formado no 1°/2006) Noemi de Souza Néri     (formada no 1°/2006) Telma Franco da Silva     (formada no 1°/2006) Vitor Emanuel da Costa     (formado no 2° 2006)
DESLIGADOS Três ex-alunos encontram-se nessa situação e já têm processos instaurados na Procuradoria Jurídica da UnB para reintegração de posse	César Braga da Silva     (desligado desde o 1°/2006) Cláudio César Peres de Farias     (desligado desde o 2°/2006) Jéferson da Silva Nazario     (desligado desde o 2°/2006)
COM ALTERAÇÃO DE PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO Cinco estudantes: entre eles, há funcionários da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, da Polícia Federal, do HUB e até da Embaixada da Espanha. Apenas o servidor do HUB já desocupou a vaga. Os demais foram notificados mais de uma vez e têm seus processos na PJU	Maria de Nazaré Pereira dos     Santos Slivia Luiz de Magalhães Terezinha Zago Priscila Aurora Landim de Castro
PEC-G Nove estudantes. O Decanato de Assuntos Comunitários aguarda norma a ser desenvolvida pela Assessoria de Assuntos Internacionais (INT) da UnB para disciplinar a seleção desses alunos	Adilson Fernandes Indi Avelino Gomes Costa Djanira G. Cabral Avelino Gaudêncio Pedro da Costa Ghorque Joaquim Nhaga Graciano Cabral D’Almada Kassoum Dieme Maria Graciete N’Hayõ da Silva Rachy Sy
QUE NÃO RENOVARAM A BOLSA-MORADIA Sete estudantes. Desses, dois estavam desligados da universidade, entraram com recurso para renovação fora do prazo e foram readmitidos. Os demais foram notificados e têm processos na PJU	Deise Tâmara do Santos C.     Machado Geovane Resende Silva Paulinely da Silva Oliveira Rodrigo Barbosa Medeiro Wolette Thiam
CLANDESTINOS Atualmente, estima-se que são cinco pessoas. O DAC relata que são casos difíceis de monitorar porque não dormem na CEU com freqüência. Para controlar esse problema, serão instaladas guaritas nos acessos aos prédios. A nova norma, em discussão, prevê que os moradores responsáveis pelos apartamentos onde essas pessoas dormem sejam punidos caso essa situação seja verificada, já que não é possível repreender os clandestinos.	Guilherme A. Umberto     Sampaio Luiz Felipe de Moura Carvalho Leonardo Silveira Martins Diego Vaz Barbosa João Paulo Porto Dias