sábado, 14 de maio de 2011

SECOM, 14/02/2011: Eduardo Raupp é o novo decano de Assuntos Comunitários da UnB, por João Campos

Presente em: http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=4623.

ENTREVISTA - 14/02/2011


Luiz Filipe Barcelos/UnB Agência
Eduardo Raupp é o novo decano de Assuntos Comunitários da UnB

Chefe do Departamento de Administração assume a pasta a partir desta segunda-feira com a missão de ampliar o poder de execução dos projetos

João Campos - Da Secretaria de Comunicação da UnB

O professor do Departamento de Administração Eduardo Raupp de Vargas é o novo decano de Assuntos Comunitários (DAC) da Universidade de Brasília. A partir desta segunda-feira, 14 de fevereiro, o economista deixa a chefia do departamento para assumir a pasta responsável por temas como o desenvolvimento social, arte, esporte, cultura e assistência estudantil nos quatro campi da UnB.
Doutor em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Raupp chegou à UnB em 2006. Aos 38 anos, o gaúcho que tem como principal tema de pesquisa a inovação em serviços, em diversos ramos do serviço público e privado, com destaque para os serviços hospitalares, assume o novo cargo com a missão de ampliar a capacidade de execução dos projetos vinculados ao DAC.
O professor ocupa o posto deixado pela psicóloga Rachel Nunes durante os últimos dois anos e dois meses, que retorna às salas de aula e às pesquisas no Instituto de Psicologia (IP). Em entrevista à UnB Agência, os professores fazem um balanço das ações realizadas pelo DAC e apontam os desafios para os próximos dois anos de gestão junto ao reitor José Geraldo de Sousa Junior.

Três perguntas para Eduardo Raupp
UnB Agência: Quais serão suas primeiras ações à frente do DAC?
Eduardo Raupp:
Nossa prioridade é consolidar e ampliar a política de assistência estudantil. Houve avanços importantes, não só da UnB, mas também no governo federal. Mas é preciso avançar mais. A expansão da moradia estudantil para os campi de Planaltina, Gama e Ceilândia é, sem dúvida, um ponto prioritário para o DAC, ao lado da conclusão da obra da nova Casa do Estudante Universitário (CEU) no campus Darcy Ribeiro. Apesar de a assistência aparecer como  prioridade nesse momento, não vamos deixar de investir na expansão de outras áreas, como o esporte, a cultura e o lazer na UnB. Hoje a universidade já conta com uma boa inserção na comunidade, mas vamos buscar ampliar as ações e projetos, principalmente por meio de futuras parcerias com o governo federal e o GDF. Outro ponto importante é concluir as intervenções no Restaurante Universitário, que esteve bem inconstante nos últimos meses e agora está fechado para reforma na parte elétrica. 
        
UnB Agência: O que a sua entrada no DAC representa para o modelo de gestão da UnB?
Eduardo Raupp:
Fui convidado para acrescentar um maior poder de execução de projetos e ações do decanato ao modelo de gestão democrático que caracteriza a política administrativa da atual gestão da universidade. Sou especialista em gestão, e, há dois anos e meio, fui chefe do Departamento de Administração com o apoio de grande parte da comunidade. Neste período nós praticamente dobramos o número de professores, implantamos um novo projeto pedagógico – que começa a ser executado este ano – tudo por meio do diálogo e do apoio dos três segmentos. Estou ciente do desafio que é assumir a pasta em um momento em que passamos por debates importantes e necessários, como, por exemplo, o das atitudes universitárias. 

UnB Agência: O que o senhor espera concluir até 2012?
Eduardo Raupp
: Temos dois eixos de ação que eu gostaria de entregar mais bem consolidados ao fim desses dois anos de gestão. O primeiro é relativo às questões internas. Hoje o DAC enfrenta problemas estruturais e de pessoal. Essas deficiências acabam limitando e comprometendo nossa atuação junto à comunidade. O processo acelerado de expansão da universidade mostra a importância cada vez maior do decanato, o que exige seu crescimento junto ao aumento das demandas. No âmbito externo gostaria de ver a nova CEU pronta e servindo bem os alunos. Espero que o DAC possa trabalhar não em função de um ou outro segmento ou campus, mas pela UnB como um todo. 

Três perguntas para Rachel Nunes 

UnB Agência: Quais os destaques dos últimos dois anos de gestão a frente do DAC?
Rachel Nunes:
A assistência estudantil foi, sem dúvida, uma das áreas em que tivemos mais avanços. Seguindo as diretrizes do Plano Nacional de Assistência Estudantil, nós ampliamos os investimentos de R$ 5 milhões para R$ 12 milhões entre 2007 e 2010. O número de bolsas subiu de 350 para 550 e o valor aumentou de R$ 300 para R$ 465. Tivemos outros avanços importantes, como a reforma do Restaurante Universitário e a implantação do desjejum, assegurando as três refeições básicas à comunidade, e a implantação do serviço de transporte interno no campus. Outro ponto relevante, foram os debates com a comunidade e o início do processo de construção da nova Casa do Estudante Universitário. Tudo isso ajudou a mostrar a importância do DAC para que a UnB cumpra a sua missão.

UnB Agência: E os desafios que ficam para a nova gestão?
Rachel Nunes:
A condução e a conclusão da nova Casa do Estudante é um dos pontos principais deixados para o professor Eduardo Raupp. Será preciso haver um acompanhamento próximo dos estudantes que estão desocupando a antiga sede e do andamento da obra. Outro desafio é o debate sobre as regras de convivência nos campi, uma discussão necessária na Universidade de Brasília. Principalmente em relação ao trotes sujos, que eu prefiro chamar de trotes violentos. Mudar uma cultura tão arraigada na UnB leva tempo e exige muitos esforços. Outra medida urgente passa pela revisão do contrato com a empresa Monte Sinai, responsável pelos terceirizados do RU. Eles enfrentam graves problemas em relação ao recebimento dos benefícios trabalhistas, o que acaba gerando transtornos para comunidade.
  
UnB Agência: Como a senhora avalia o papel do DAC na administração da UnB?
Rachel Nunes
: O Decanato de Assuntos Comunitários é responsável por áreas estratégicas e de fundamental importância. Desde o acolhimento dos estudantes, passando pelo incentivo ao esporte e a cultura nos campi e pela garantia da assistência que busca diminuir as desigualdades entre os estudantes que entram na universidade, tudo passa pelo DAC. Apesar de ter consciência de que a missão nunca está completamente cumprida, tenho certeza que contribuímos para mostrar a importância do DAC. Agradeço muito à minha equipe que se mostrou incansável, principalmente às diretoras que me acompanharam. Saio com a sensação de que o mais importante é nunca deixar de acreditar que as coisas podem mudar.    
 
Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos: UnB Agência. Fotos: nome do fotógrafo/UnB Agência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário