terça-feira, 17 de maio de 2011

G1 DF, 03/04/2007: UnB não tem controle de estudantes no alojamento

Presente em: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL17669-5598,00.html

03/04/07 - 16h38 - Atualizado em 04/04/07 - 12h30

UnB não tem controle de estudantes no alojamento

Do total de 92 apartamentos, 5% das vagas são destinadas a estrangeiros.
Os alunos que tiveram os quartos incendiados serão recebidos nesta terça no Senado.

Do G1, em Brasília, com informações do DFTV



Na Casa do Estudante da Universidade de Brasília (UnB), onde na semana passada alguns alojamentos de estudantes africanos foram incendiados, não há controle por parte da universidade do número de moradores.

São 92 apartamentos, sendo que 5% das vagas são destinadas a estrangeiros. Criada há 34 anos para abrigar alunos pobres de todo o país e também do exterior, para ter direito a um apartamento, o universitário tem de comprovar sua situação socioeconômica. “A gente tem que levar alguns documentos como imposto de renda da família e comprovantes de bens”, explica o aluno de agronomia Roberto Guerra.


O problema é que a UnB não tem controle sobre o número de alunos que moram nos alojamentos. Apesar de terem sido comunicados pela reitoria, 39 estudantes que perderam o direito de permanência não saíram até hoje. Sete deles também já receberam notificação judicial. Além disso, há 32 moradores nos alojamentos que não têm qualquer vínculo com a UnB.


  Controle
 
O reitor da Universidade, Timothy Mulholand, admite que o controle é difícil. “A gestão de uma Casa do Estudante é um desafio em todo mundo. A pessoa pode ter um hóspede em sua casa, na Casa do Estudante não é diferente. O difícil é saber quando a visita vira moradora. Quando isso é verificado se promove a remoção dela. Há um processo para isso. A pessoa não é simplesmente atirada na calçada”, explica.

A universidade não soube informar se os estudantes africanos estão entre os alunos que perderam direito a moradia.

  Resposta da universidade
 
De acordo com a assessoria de comunicação da UnB, em 2006 foram realizados três censos para identificar a ocupação de vagas e a estimativa de saída dos estudantes. Os dados coletados mostraram que dos 335 moradores atuais, 287 estão em situação regular e 48 alunos perderam o direito à moradia no local, por terem sido desligados dos cursos, se formado ou estarem clandestinos - chegam ao CEU como visita e acabam se instalando no apartamento dos moradores.

A assessoria informou, ainda, em nota à imprensa, que todos os 48 moradores em situação irregular já foram notificados. A partir do documento administrativo emitido pela universidade, eles têm 90 dias para sair antes de o processo ir para a Justiça. "Alguns deles já receberam notificação judicial e, mesmo assim, continuam lá", lamenta o diretor de Desenvolvimento Social do DAC, Rubens Mota Campos.

A UnB se defende das acusações de que o alojamento estudantil está abandonado. Entre 2005 e 2007, de acordo com a assessoria, foram investidos mais de R$ 500 mil com ações que vão desde a impermeabilização dos prédios até a aquisição de equipamento de aquecimento solar para a água que abastece a moradia estudantil e a aquisição de computadores para um laboratório de uso coletivo, com acesso á internet.


 

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