domingo, 22 de maio de 2011

ADUnB, 31/03/2011: BEM VINDO À LUTA, PROFESSOR DA UNB

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Caro Professor,

Neste início do ano acadêmico de 2011, a ADUNB saúda todos os professores e deseja um semestre e um ano repleto de muita luta. No apagar das luzes de 2010, já antevíamos os desafios que se colocavam tanto no plano nacional como local. Especificamente para nós, a discussão da nova carreira docente, debate iniciado com o Ministério do Planejamento no início do ano passado e que está interrompido no presente momento, e o anúncio da compressão da massa salarial dos servidores, passando pelo corte do orçamento das universidades, se apresentam como importantes desafios na organização do movimento docente das Instituições Federais.

Ao mesmo tempo em que o Brasil divulgava o crescimento de 7% do PIB, a contratação de novos professores foi suspensa e autorizado o preenchimento de cargos com professores substitutos. A pós-graduação teve a rubrica CAPES/PROF suspensa e as passagens e diárias tiveram corte de 50%, o que atinge em cheio a credibilidade dos programas que têm limites para organizar bancas de mestrado e doutorado com membros externos.

No plano local, a UnB é sempre lembrada pelo embate nos anos de chumbo, mas medidas do governo federal sempre contam com a complacência da Reitoria. Foi assim com a própria luta contra o corte da URP no ano passado. O mesmo foi quando a ADUnB conquistou o direito em agosto de 2010 do não desconto do PSS sobre 1/3 das férias, que continuou a ser praticado. A ADUnB também se posicionou contra a decisão do TCU de notificar todos os servidores por conta do recebimento da URP e conseguiu interromper a notificação, enquanto a Reitoria já preparava a expedição. Fez o mesmo com o lançamento da campanha O CESPE É NOSSO, com o objetivo de encontrar uma saída para a situação do órgão, procurando o MEC para esclarecer a proposta.

A cantilena da Reitoria de que a UnB está sendo “refundada” esconde a precarização das condições de trabalho que estão em curso. Depois de pactuar com o MEC a expansão da universidade, a administração conduziu o processo de maneira a estrangular essa absorção. Prédios que deveriam estar prontos em 2009, ainda estão com tapumes e o terreno enlameado em função das chuvas de março. Faltam salas de aula, salas de professores inexistem e na semana passada, com dois anos de atraso, a Reitoria inaugurou os primeiros 4,5 mil metros quadrados dos 53 mil metros quadrados pactuados com o REUNI. A única obra no Campus Darcy concluída, o “beijódromo”, foi viabilizado com recursos privados.

De 2008 para cá, o número de alunos cresceu 60%, passando de 18 mil para 29 mil, enquanto a planta física é a mesma de antes da expansão. Já o corpo docente cresceu somente 49%. A relação professor/aluno neste semestre ameaça dobrar o compromisso pactuado pela Reitoria de 20 alunos, já atingiu 30. A carga horária docente nos campi é de 3 a 4 disciplinas.  O descompasso entre a expansão de vagas e a estrutura física atingiu até mesmo a moradia funcional. A Reitoria avançou sobre a reserva técnica por causa do atraso das obras da Casa do Estudante, cujos recursos já estão no caixa da UnB há mais de 3 anos. Não tendo iniciado as obras do CEU, a administração viu-se obrigado a ceder vários apartamentos para os estudantes. Resolve-se um problema criando outro.

A ADUnB aguarda desde o ano passado uma reunião com a Administração para discutir estas questões. Foi impedida até mesmo de participar da recepção dos novos docentes na semana passada sob a alegação que o “ofício chegou atrasado”. Será esta a refundação que está em curso?  É este o tratamento que a Administração quer dar aos problemas que afetam a UnB?

A ADUnB convida a todos os professores a estarem vigilantes e a participarem das atividades do seu sindicato, ao mesmo tempo que deseja um semestre acadêmico repleto de lutas. Junte-se a nós.

A Diretoria


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